terça-feira, 3 de maio de 2011

O "jogo da velha" - reflexão

Minha sogra agora descobriu como puxar o filho pro seu lado novamente. Ela mexe, mexe, mexe até que consegue achar um jeito. Nisso tudo eu acabei percebendo que quanto mais eu mantiver meu marido longe dela, mais ela vai se fazer de velhinha fragilizada (ainda que não seja) e vai jogar a chantagem do abandono que quase sempre cola.
Ultimamente aconteceu um fato ruim na família dele, ela fez um drama, ligou, chorou, bancou a coitadinha mesmo que a situação nem tivesse ligação direta com ela. Então sacou que agindo daquele jeito conseguia sensibilizar meu marido. Resultado: todas as coisas que ela quer, inclusive falar mal de mim, vem nesse tom de "oh como eu sou sozinha e por isso...".
Por causa disso meu casamento começou a desandar. De repente, meu marido foi tomado por um negativismo, começou a achar que não é feliz comigo, só anda cansado, preocupado, falando em ir embora porque tudo aqui incomoda ele, que ele sente saudades de morar e estar perto da família, que a mamãe precisa de assistência por estar velhinha, coitada! (ainda que ela seja casada e não seja idosa). Foi uma contaminação por algo podre que pesa no ar...
Sem perceber acabei me distanciando, e mergulhando no trabalho, afinal, lá pelo menos as pessoas reconhecem o que faço de bom e posso ter um pouco de paz! Só que ontem, no caminho de volta pra casa, fui pegar algo na bolsa e achei uma foto dele. Pensei nesses dez anos, em tudo que construímos e planejamos construir e cheguei a conclusão de que não estou disposta a desistir. Não quero deixá-lo ir. Agindo com indiferença, o tratando mal eu só estou fazendo o jogo da velha...a verdade é que ela quis, desde o início disputá-lo comigo e por mais que eu soubesse a diferença entre ela e eu na vida dele, acabei de alguma forma entrando nesse jogo.
Preciso fazer com que ele se sinta a vontade em casa, estando comigo, que ele encontre paz, não que ele chegue à noite e me encontre zangada, reclamando, brigando por tudo. Eu preciso me revelar no coração dele de novo, pra que ele sinta necessidade de mim, sinta minha falta, queira estar comigo. Isso não tem a ver com ser submissa ou passar por cima de meus princípios, tem a ver com ceder de vez enquando pra conseguir exercer meu papel de mulher edificando a casa. Pode ser que nem dê certo, mas se for pra de fato acabar, quero ter certeza de que fiz tudo o que podia.

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