terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O gato demorou cerca de cinco anos para me apresentar à mãe dele. Eu achava estranho, cobrava, especulava, aliás, tem coisas que nós deveríamos guardar para nós mesmos, essa era uma delas, isso porque palavras de minha amigas e mãe eram como torpedos. Coisas do tipo "ele deve ser casado", ou "ele tem algo a esconder", ele se divertia, negava tudo e dizia apenas "um dia, Honey, você irá entender." Como eu podia imaginar...
Fato é que todos os absurdos antes imaginados viraram fichinha perto de certas atitudes da peçonhenta. No início, antes de frequentar a casa, falávamos apenas por telefone, ela sempre bem educada, me pareceu boa pessoa. Eu por minha vez procurava ser sempre atenciosa, e assim o fiz até pouco tempo atrás.
Nunca esqueci um aniversário, nunca deixei de levar uma lembrancinha que fosse, mesmo que me apertasse o resto do mês (em nove anos de relacionamento tudo que ganhei dela foi uma toalha de mesa comprada numa feira de interior e um chaveiro de 1 real). Sempre ouvia todas aquelas histórias dramáticas, ainda que achasse um saco e por vezes até me compadeci do sofrimento dela. Contudo bastou uma viagem pra casa de meu cunhado, para perceber que, meu namorado, na verdade, só queria uma coisa com todos aqueles anos de mistérios: me proteger.
Peguei quase seis horas de viagem, cheguei no interior e supreendentemente todas as vizinhas fofoqueiras do bairro já me conheciam. Minha cocunhada apesar de ter me recebido bem ainda tinha o pé atrás. Com o passar dos dias percebi, depois de minha conversa e conhecimento de causa, até porque as pessoas foram desconstruindo a imagem que tinham de mim, que ela, a Dona Fulana, tinha feito a festa com meu nome por lá. Voltei possessa e desde então mantive o agrado, mas saquei que a amizade não poderia existir.
Agora, quatro anos depois de tudo isso, a situação foi ficando insustentável. Mesmo ele morando só, está cada vez mais difícil ir a casa dele porque a proximidade dela me deixa doente. Ela sempre está lá, ela sempre tem que repetir aqueles problemas que ninguém aguenta mais ouvir, e sempre temque falar mal das pessoas, de minhas cocunhadas, e de como os filhos dela são coitadinhos por terem que conviver com mulheres tão miseráveis. E sempre assim, na casa de uma ela fala de outra, na outra de uma, é levando e trazendo, criando clima, problema, discórdia, a tal ponto que a esposa do cunhado mais velho preferiu se resguardar e quase não liga pra ninguém, a do cunhado do meio sempre procura saber como estamos, mas só conversamos certas coisas pessoalmente e comoa visita dela tem ficado cada vez mais rara...e eu levo tempos e tempos sem aparecer também. Porque eu gosto muito delas, e dos meus cunhados e ver outra pessoa caluniando e sendo injusta daquela maneira me incomoda profundamente.
A família foi se fragmentando, e ela ao mesmo tempo que provoca isso, pousa de vítima querendo mostrar a todos suas tentativas sem sucesso de ver a família unida e feliz. Boa ordinária. Mente, trai, calunía, fofoca, cria desavenças e vem com aquele eterno discurso de que "ela teve 3 filhos porque Deus reservou para ela 3 filhas maravilhosas". Maldade? Não, eu acho que ela é bem desocupada. Se ela tivesse o que fazer ou com que se preocupar, parte do problema seria resolvido. Acho que aqui fica a lição, se seu parceiro demora de te apresentar a família, antes de pensar bobagem, pense que seu ajo de guarda deve estar de plantão.

Um comentário:

  1. Oi Lady, vi o seu blog lá no site CS e agora acompanho também. Sempre fico impressionada como essa mulher consegue arrumar confusão do nada. Acho que a alegria da vida dela é isso. Será que arrumar ocupação para ela não resolveria?

    Bjs.

    Ps: Pq vc não gosta do nordeste? É só por causa da cobra? Sou do DF e pretendo ir morar na beira da praia na aposentadoria.

    Dina.

    ResponderExcluir